O Ministro da Indústria e Comércio, Silvino Moreno dirigiu recentemente, em Maputo, o Fórum de Negócios Moçambique-França. O fórum tinha como objectivo a intensificação e diversificação dos investimentos e trocas comerciais bilaterais, explorando o potencial existente entre os dois países. O evento organizado pela Embaixada de França em Moçambique em parceria com a Confederação das Associações Económicas de Moçambique (CTA) e a Câmara de Comércio e Indústria França-Moçambique (CCIFM), juntou mais de 260 empresários dos dois países, sendo que dos franceses a maioria provém das ilhas do Oceano Índico, Reunião e Mayotte.
Falando na abertura do evento o Ministro da Indústria e Comércio disse que o potencial e a capacidade competitiva que França oferece em termos de capital, tecnologia e experiência, faz dela um parceiro privilegiado de Moçambique. Referiu ainda que Moçambique conta com os investidores franceses na industrialização do país, visando reduzir a dependência em relação à exportação de matérias-primas, para passar a vender mais produtos transformados e com mais-valias.
“O Governo de Moçambique definiu a agricultura, energia, infra-estruturas, recursos minerais, indústria e turismo e hotelaria como sectores estratégicos para o investimento nacional e estrangeiro”. Sublinhou Silvino Moreno.
O dirigente fez saber ainda que a atracção de Investimentos através de um ambiente de negócios competitivo é uma das prioridades que Governo elegeu com a vista a alavancagem do sector privado e da economia, tendo sido aprovado recentemente o Pacote de Medidas de Aceleração Económica, dentro do qual já permitiu algumas reformas estratégica tais como a Lei de investimentos ajustando-a as melhores práticas globais, a revisão da Lei de Trabalho, do Código Comercial, a revisão da Lei de Vistos que introduziu o e-visa, a aprovação do Regulamento da Mera Declaração um instrumento que permite que mais de 80 actividades económicas tenham isenção de licenciamento.
Por seu turno, o embaixador da França em Moçambique, Yann Pradeau, assinalou que os dois países devem capitalizar a dinâmica imprimida pelo colossal investimento da multinacional francesa Total Energies, na exploração de gás natural da bacia do Rovuma, para impulsionarem as relações económicas e empresariais bilaterais.
Na mesma ocasião, o presidente da Confederação das Associações Económicas de Moçambique (CTA), Agostinho Vuma, defendeu que o executivo moçambicano deve fazer mais para criar uma atmosfera mais favorável ao investimento externo, nomeadamente aprovando normas mais atrativas e agilizando o regime cambial para a entrada e saída de capitais. Frisou que a adoção dos referidos instrumentos vai “reduzir a incerteza” em relação aos investimentos